Uma Bic ainda. É melhor pra escrever nesse guardanapo de bar com cara de sujo, porém limpo. O único bar que abre no domingo aqui nessa cidade fria e que tá doendo. Ainda bem. Fui em vários lugares antes mas era aqui que eu queria ter vindo. Só não sabia disso. Psicodelias me recebendo bem junto com a cerveja gelada de sorriso amarelo. Ela enche meu copo. Ela não precisa do meu sorriso. Ela e eu: caras de quem quer que a vida exploda antes de morrer. E basta isso. E ela não me cobra nada. Não fica sem graça com a falta de assunto verbalizado. É que tá passando muita coisa na cabeça. Minha. Dela. Um abraço no fim da noite bêbada com olhos pretos borrados. Não precisamos da palavra, do som ou do gemido. O gesto. A amizade. Foi o que me manteve em pé hoje.
Gostei do título! Sempre leio seus escritos, posso até não comentar sempre, mas acho seus textos ótimos!
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