Com esse frio faz tempo que não vejo pele. Aí antes de entrar no banho eu me aproveito demoradamente do espelho grande do corredor. Nossa, meu pé! Tenho que cortar as unhas. Continuo branca. Cor de areia com reflexo de sol forte. E é sempre assim. Eu só me lembro de que esqueci a toalha de banho quando já molhada embaixo do chuveiro percebo que o box está escuro demais. Nublado como a vaga lembrança que agora tenho dele. Às vezes eu acho que não é saudade e sim vontade de transar com um corpo que eu já conheço e que já me conhece. Acho bom assim. Me sinto mais à vontade pra falar e fazer o que o que parece vulgar aos olhos externos, fora da cama. Fora da cama eu tento não volta pra ela nos dias em que falta a vitalidade. Aquela sensação nomeada assim que parece uma explosão de fogos de artifício que acende no estômago e ascende pro peito até fazer bumtataratata. É bom isso, né? Tão ruim sem isso, quando poder viver sem sentimento algum é o que denomino de paraíso. Mas se eu acredito no paraíso? Não, eu acredito na previsão do tempo, isso sim. Tenho que acreditar em alguma coisa, né?
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