Ah, essa ânsia! Isso aqui que tá aqui não sei como, isso que vem não sei de onde, não sei por quê. Ah, essa ânsia! Isso que me fere e me fascina, que quero e abomino. Ah, essa ânsia! Da contradição. De ser dua. Duas. Numa, uma. Ah, essa ânsia! De falar não sei o que, não sei como. De vomitar essa reverberação. Vontade de explodir. Alguns milhões de pedaços que separados não são mais eu. São qualquer coisa que o não-eu. Só o não-eu me possibilita a negação do eu. Do... "Posso me deitar nessa chão? É só porque preciso esticar meu corpo." Com ele meu intrínseco segredo. Minha vontade de vomitar o que não quero. O que quero pra fora. Ah, essa ânsia. Se cria na expectativa e nela se fixa, se concretiza. Pra não tirar de mim. Pra não sair.
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