Tudo foi pelo chão. Não por causa de uma catástrofe, um terremoto, obra divina ou qualquer evento (sobre)natural que foge ao controle humano. Tudo estava quebrado, esmagado, torto. Tudo por causa de uma ação humana. Ação essa guiada por uma fúria. Não um furacão, uma fúria. Apesar de que aquela fúria era digna de um furacão e de ventos em velocidade extraordinária. Mas era só raiva mesmo. Só uma raiva dominadora que quebrou todos os copos do armário e arrancou algumas páginas de alguns livros. Nada demais. Alguns socos na boca do outro, pontapés na canela, cortes de faca afiada na barriga, órgãos removidos e olhos furados. Algo normal. Corriqueiro. As páginas de Maurice Merleau-Ponty, Dostoiévski e Florbela Espanca pousavam no sangue ou eram furadas por balas de revólver. Mas tudo ainda estava bem porque o retrato de Jack (o estripador) continuava com fisionomia tranquila. Quando ele, o Jack, se espantar, aí sim é hora de parar.
Nossa, do caralho esse! De longe o que eu mais gostei! Foda! Parabéns.
ResponderExcluirNossa do caralho! Foda! hahahaha ótimo texto!! Gostei muito! E ótimo comentário pra um ótimo texto! hahaha
ResponderExcluirAhh vi a foto Dinousar Jr. Green Mind, muito boa!! Lembra mesmo!hehe
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